Sintoniza-se

Vamos nos sintonizar?

Dois de nossos moderadores, Felipe Rossi e Diego Luiz, escreveram duas resenhas críticas: uma é voltada sobre as estações de rádio e suas transformações com o passar do tempo. Além de focar na interação que as estações de rádio têm com a internet e com os aparelhos modernos.
Já a segunda resenha foi feita com base de um texto escrito pela Ana Luisa Zaniboni Gomes e Sergio Gomes, jornalistas e diretores da OBORÉ retratam o quão é importante a existência do rádio na sociedade.



O Desenvolvimento das estações de rádio na era atual


Dois lados. Isso era o rádio. De um lado a música. Do outro, a informação. Existem centenas de estações de rádio, e mesmo considerando apenas a capital de São Paulo o número ainda é grande. Rádios gospel, Católicas, Ecléticas, Esportivas, Jornalísticas, de Pop, de Rock, Samba, Funk. Seja o que o público queira escutar, o rádio pode oferecer. Mas hoje as coisas são diferentes. Ainda dividimos as sintonizações entre AM e FM, mas elas não diferem mais o informativo do popular/musical. Existem tanto rádios jornalísticas FM quando rádios AM com um foco mais artístico. O que não é nenhuma novidade.

A verdadeira novidade é a transformação que as redes de rádio passaram desde essa época até o nosso tempo, repleto de seus iphones, ipads e computadores pessoais super avançados. Vivemos 

em uma terra de aparatos. Músicas podem ser compradas diretamente da internet e baixadas para o celular. Alguns chegam a burlar e encontram meios de baixar gratuitamente através de servidores. Notícias sobre o mundo inteiro e que abordam todo tipo de assunto e perspectiva podem ser encontrados em páginas, sites e publicações na rede de internet. Seja por emissoras famosas com endereços próprios, seja através de endereços particulares de alguém ou de um grupo que nunca se ouviu falar. Alguns chegam até a nos fazer questionar a veracidade dos fatos publicados. As grandes marcas de jornais e TV aprenderam a incluírem-se no mundo do computador. O que você assistir em um programa ou ler numa revista pode ser encontrado facilmente na página dos próprios. E as rádios não estão nem um pouco atrás nessa corrida. Rádios como CBN e Jovem Pan possuem endereços próprios na internet, assim como páginas no Facebook, perfis no twitter, dentre outras contas.

Possuir um rádio deixou de ser uma necessidade. Sim, este veículo de comunicação ainda é fabricado para quem aprecia possuir um aparelho. Porém, celulares e aparelhos portáteis de som (MP4, ipod, etc) já vem com uma função para escutar estações de rádio. Nas próprias páginas das rádios as estações podem ser escutadas, e melhor do que em qualquer aparelho por aí, já que a transmissão atravessa a rede de internet direta para o ouvinte, sem necessidade das ondas de rádio. Interferências e chiados não existem. E não são essas apenas as mudanças nas estações. Com todas essas transformações que afetam não só os meios de chegar ao público, mas também criam uma nova cultura tecno, as estações passam a mudar sua abordagem e acrescentar outros assuntos. Rádios que costumavam transmitir apenas as notícias do Brasil e do mundo durante a semana, com algumas entrevistas, e no fim de semana transmitir os jogos de futebol, hoje possuem programas de culinária, tecnologia, sobre proteção do meio ambiente, saúde, dentre outros. Até mesmo os vídeo games, que anteriormente sempre foram vistos como um brinquedo, por causa do aumento da massa de adultos que apreciam e jogam esses jogos eletrônicos, agora possuem um espaço nas redes jornalísticas, inclusive nas próprias estações de rádio (CBN, por exemplo, que tem um programa sobre o assunto toda manhã). A internet também. Tweets e publicações sempre são citadas de período em período durante uma programação, sejam elas comentários de ouvintes, sugestões ou pedidos.

A música não tem mais dona. Mesmo em uma estação mais famosa pelo seu conteúdo jornalístico, hoje, ao menos a cada hora de transmissão, pelo menos uma música é tocada, seja ela um pedido de ouvinte, seja ela escolha da própria rádio. Rádio Bandeirantes e a rede CBN são exemplos deste hábito. Sons estimulantes fazem parte das transmissões. Se o anúncio é sobre a economia de água, há o som de água esguichando no fundo. Se o momento é sobre culinária, sons de pratos e copos, e por aí vai.

Embora fique claro como as rádios transformaram-se para atrair mais a atenção dos ouvintes e abordar os assuntos novos que lhe interessam, é difícil dizer se a rádio possui algum poder sobre a opinião do público. Um exemplo é a recente tragédia do falecido cinegrafista, atingido por um rojão durante um protesto. Mesmo outras redes de informação transformando o culpado em um assassino, ou uma vítima da própria inexperiência juvenil, as rádios abordaram o assunto com certa indiferença. Eles contaram que o cinegrafista foi atingido pelo rojão, e que o suspeito negava. Mas não transformava o garoto em nada além de alguém envolvido. Não demonizava nem amenizava. E não as culpo por não transmitirem uma ideia tão clara. Em meios como a TV e Jornal, a utilização de gravações e imagens podem definir uma perspectiva e transmitir uma ideia de forma muito mais impactante do que simplesmente dizendo. Claro que as palavras não perdem o seu poder, porém com elas devem ser dito a “coisa” certa “na hora” certa para dar o parecer. É muito mais difícil do que apenas mostrar tiros e pessoas chorando numa tomada. Pode-se dizer que, com todas as mudanças que aconteceram até agora, que as rádios sofreram a influência dos novos costumes do ser humano mais do que influenciaram o próprio. Não é equivocado dizer que ninguém mais escuta rádio em um mundo com informações explodindo por todas as partes, em diversos meios, com imagens e vídeos e artigos brilhantes. Ainda assim, não há dúvidas de que, enquanto a rádio continuar tentando e se transformando junto com as pessoas, ela ficará por aqui. Mesmo que os aparelhos de rádio morram de vez, as estações são eternas.

Por: Felipe Rossi


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Rádio: poderoso aliado do controle social


O texto escrito por Ana Luisa Zaniboni Gomes e Sergio Gomes, jornalistas e diretores da OBORÉ, fala da importância do rádio no controle da sociedade. Oo texto deixa claro que a mídia, vem atuando pouco no sentido de manter a população informada sobre todos os assuntos que deveria informar, pois a imprensa sempre tem um baixo envolvimento nas questões de interesse social.

No texto, o advogado Marcelo Beraba aponta que o grande problema ão como os "formadores de opinião" deixam as opiniões dos temas tratados poucos esclarecidos, contrariando a ética jornalística. 

Entra a participação do rádio, não com as grandes empresas, mas sim as pequenas estações de rádio, as famosas rádios de bairro, que tem o poder de dar sua opinião sobre o que está acontecendo no seu bairro, sem ter o mesmo medo que os jornalistas das grandes rádios têm de expor sua ideia.

No desenvolvimento do texto, os escritores contam uma história que deixa claro a ideia de que o rádio pode voltar ser um grande formador de opinião e ajudar a população em qualquer tipo de problema, desde uma simples campanha contra alguma doença ou em aspectos maiores.

Um excelente texto, que além de trazer a opinião sobre pessoas que entendem de assunto, traz uma história que eles vivenciaram e ajudaram a trazer de volta a opinião sobre um determinado assunto, e, mostrando que o rádio ainda era um formador de opinião e ajudou a população de determinado bairro.

Por: Diego Luiz


Fique por dentro do assunto!

Tabela das 10 rádios mais ouvidas
http://www.radios.com.br/

Dados de quantidade de rádios no Norte/nordeste:
http://www.microfone.jor.br/saiba.htm

Pesquisa sobre rádios
http://www.radio2.com.br/

http://www.brasilcultura.com.br/perdidos/dados-sobre-o-radio-no-brasil/



E aí, sintonizou?

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